sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Cavaleiros Medievais: proteção e segurança na Idade Média


Os cavaleiros medievais eram guerreiros que faziam parte da nobreza. Na Idade Média (séculos v ao XV), a guerra era muito comum e os senhores feudais e reis necessitavam de cavaleiros para fazer a proteção do feudo ou conquistar novas terras e riquezas. Quanto mais cavaleiros possuía um nobre, maior seria o seu poder militar.

Formação do cavaleiro 
Para se tornar cavaleiro era necessário fazer parte da nobreza, pois os equipamentos de guerra (espada, escudo, elmo, armadura) e o cavalo custavam caro. Os camponeses não tinham recursos para se tornarem cavaleiros, nem mesmo tempo para o treinamento.

Desde criança, o menino era destinado, pelo pai, para ser um cavaleiro e começava o treinamento. Devia saber usar as armas, aprender técnicas de combate, preparar o físico, montar o cavalo e valorizar as atitudes de um cavaleiro. Valentia, fidelidade e lealdade eram características exigidas num cavaleiro medieval.

Ao se tornar adulto, o aprendiz tornava-se cavaleiro através de uma cerimônia. Passava a noite numa igreja, orando. No dia seguinte devia fazer juramento de lealdade ao seu suserano. Geralmente ganhavam um terreno (feudo) para construir sua habitação.

Torneios
Os cavaleiros medievais costumam participar de torneios. Estes eventos festivos contavam com lutas e disputas entre os cavaleiros de uma região. Era uma das diversões no período dofeudalismo.

Participação nas Cruzadas 
Os cavaleiros medievais participaram das cruzadas, batalhas em que os cristãos tentaram retomar a Terra Santa (Jerusalém) das mãos dos muçulmanos.

CURIOSIDADES DA VIDA NA IDADE MÉDIA - Bruxas, castelos, fogueiras, armaduras, violência. É no que a gente costuma pensar quando ouve falar em Idade Média. Mas como era, realmente, a vida do povo desta época?


Pé na cozinha

O cozinheiro tinha, durante a Idade Média, um status elevadíssimo, gozando do respeito geral, chegando mesmo a ter um tratamento quase real no decurso de grandes cerimônias. Na França, o trabalho de cozinheiro era visto com tanta importância que estes recebiam um título militar, o de “officiel de bouche” (oficial da boca). Dentro da hierarquia da cozinha, os chapéus brancos de alturas variáveis foram adotados para identificar o posto exercido por cada um. Enquanto o chef usava sempre o mais alto de todos, os auxiliares mais simples vestiam apenas um boné.

Perigo à mesa

Na Idade Média, aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, fazendo com que muita gente morresse envenenada. Os tomates, por serem ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Copos do mesmo material eram usados para beber cerveja ou uísque. A combinação da bebida alcoólica com o óxido de estanho fazia as pessoas apagarem (uma espécie de narcolepsia), sendo, muitas vezes, consideradas mortas.

Infância ceifada

Três entre quatro crianças de família nobre passavam seus primeiros meses longe de casa, na maioria dos casos com a ama-de-leite. Mais da metade delas não voltava para casa antes de 18 meses, isso se sobrevivessem. Já no campo, o abandono de bebês era muito frequente. Além disso, a prática do infanticídio (por sufocação) não era vista como um fenômeno excepcional.

Sujeira pouca é bobagem

Nessa época, o banho era considerado prejudicial se tomado em excesso. Por “banhar-se em excesso”, entenda-se: mais de duas ou três vezes por ano. Quando tomados, os banhos eram em uma única tina, cheia de água quente. Primeiro vinha o chefe da família, que tinha o privilégio de se banhar em água limpa. Depois dele, sem trocar a água, era a vez dos outros homens da casa, por ordem de idade. Depois, vinham as mulheres, também de acordo com a idade. Por último, as crianças e os bebês tomavam seus banhos.

Banco dos Templários S.A.

Foram os Cavaleiros Templários que substituíram, pela primeira vez, a moeda pelo cheque. Os Templários eram alvos de constantes roubos e ataques durante suas viagens, então, para proteger sua riqueza, criaram o cheque, um documento que poderia ser trocado por moeda corrente com os companheiros de outras cidades.

Salão de beleza

Para manter a aparência e realçar a beleza, as mulheres medievais também tinham seus truques. Confira alguns deles:
Para colorir os lábios: açafrão
Para escurecer os cílios: negro da fuligem
Para embranquecer os dentes: sálvia
Para aveludar a pele: clara de ovo e vinagre

Surdos e desalmados

A surdez, nessa época, era tratada com a introdução de urina do próprio paciente em seus ouvidos. Além disso, na mesma época, os surdos eram considerados sem almas pela Igreja Católica.

Casamento medieval

Os costumes medievais estiveram na origem de algumas das atuais tradições ligadas ao casamento. Acompanhe.
Mês das noivas – na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava tolerável.
Buquê – por causa da higiene precária da época, as noivas usavam buquês de flores junto de seus corpos para disfarçar o mau cheiro.
Leis do casamento – foi durante a era medieval que as leis do casamento iniciaram a sua evolução. Em 1076, o Concílio de Westminster decretou que nenhum homem devia entregar a sua filha a alguém sem a bênção de um sacerdote. Mais tarde, foi decretado que o casamento não devia ser secreto, mas sim um ato público.
Vestido – contrariamente à tradição atual, o vestido de noiva não era branco. A cor mais usada era o azul, pois era o símbolo tradicional da pureza, embora o vestido pudesse ser de qualquer outra cor.
Bolo – o bolo de noiva que conhecemos, cheio de “andares”, teve sua origem naqueles tempos. Era costume os convidados levarem pequenos bolos, que eram colocados uns em cima dos outros. Para dar sorte e prosperidade, os noivos tentavam se beijar sobre os bolos sem os derrubar.
Festa – os casamentos medievais da nobreza eram celebrados nos castelos. Eram grandes festas com vários divertimentos e comida farta. Nos dia de casamento, os mendigos vinham de longe para receberem as sobras do banquete e era tradição o senhor do castelo libertar alguns prisioneiros. Já entre os camponeses, a festa de casamento ocorria na casa da noiva. Toda a aldeia se reunia para festejar a ocasião e presentear os noivos com alguns utensílios de madeira e outras ferramentas. Como não havia dinheiro para alianças, era tradição que uma moeda partida fosse dada à noiva, sendo a outra metade entregue ao noivo.

Organização social na Idade Média.


 A organização social do feudalismo era determinada pela forma como as pessoas se relacionavam com a terra: se a controlavam ou se apenas trabalhavam nela.
   A sociedade era estamental, isto é , não permitia mobilidade social: quem nascia nobre, permanecia nobre toda a sua vida. Na morte do senhor, o feudo era herdado pelo filho mais velho, desde que fosse do sexo masculino, e seus irmãos continuavam a morar no castelo, sob as suas ordens. Se o primogênito fosse mulher, provavelmente se casaria com um nobre de outro feudo, para onde se mudaria. Os nobres tratavam de encaminhar pelo menos um de seus filhos para a Igreja - era uma forma de estarem ligados à instituição mais importante da época. Os religiosos nobres compunham o chamado alto clero, que comandava os mosteiros e os feudos da Igreja; tornavam-se bispos, cardeais e até mesmo papas.
    Os camponeses e todos os que trabalhavam nas terras eram chamados de servos. Quem nascia servo vivia toda a sua vida nessa condição social. Se fosse homem, quando se casava continuava a morar com os pais ou obtinha permissão para construir outra casa na aldeia. Se fosse mulher, viveria na casa dos pais do marido ou em uma casa construída por ele. O filho de um camponês, se entrasse para a Igreja, pertenceria ao baixo clero, ou seja, seria padre, com a função de percorrer os feudos.
     
Portanto, a sociedade estava dividida em três grandes grupos:
Alto Clero:
    Era o grupo social mais importante da sociedade feudal. Além de controlarem muitos feudos, seus membros tinham um lugar social diferenciado, porque eram os representantes da Igreja. Eram considerados intermediários entre Deus e os homens.
Nobreza:
   Controladora dos feudos, a nobreza exercia neles o poder de justiça; eram seus membros que faziam e aplicavam as leis em casos conflitos. Os nobres recebiam os impostos pagos pelos camponeses e passavam a maior parte do tempo dedicando-se à preparação militar - uma prática herdada da época em que ocorreram as invasões germânicas. Julgavam-se herdeiros da tradição guerreira e eram conhecidos como cavaleiros.
Servos:
    Os camponeses eram a maior parte da população européia à época do feudalismo. Garantiam a sobrevivência de todos, cultivando os campos. Como não controlavam as terras, pagavam impostos para manter o direito de nelas permanecerem. Não eram considerados escravos, mas tinham uma vida pobre e difícil. Não podiam ser expulsos da terra(a menos que não cumprissem com suas obrigações) e eram protegidos pelos senhores feudais, durante as guerras. Nesse caso, todos eram abrigados no castelo. Por outro lado, não podiam deixar os feudos por vontade própria: estavam presos à terra e às suas obrigações.
    Havia quem levasse uma vida ainda mais difícil que a dos servos. Eram aquelas pessoas expulsas dos feudos por terem cometido alguma falta ou por estarem com doenças consideradas contagiosas, como a lepra. Os doentes eram vistos com desconfiança, pois acreditava-se que eram criaturas abandonadas por Deus.
    Aos que não conseguiam lugar nos feudos, só restava viver de esmolas ou roubos. Também os que desagradavam à Igreja e acabavam excomungados, isto é, afastados do cristianismo, ficavam sem lugar numa sociedade tão dominada pela religião cristã.

Feudalismo


Iluminura medieval onde servos oferecem peças de um animal ao senhor feudal.

O feudalismo consiste em um conjunto de práticas envolvendo questões de ordem econômica, social e política. Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitaram o surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do mundo feudal está vinculada a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as Invasões Bárbaras.

A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano tinha favorecido um processo de ruralização das populações que não mais podiam empreender atividades comerciais. Isso ocorreu em razão das constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos centros urbanos constituídos durante o auge da civilização clássica.

A ruralização da economia também atingiu diretamente as classes sociais instituídas no interior de Roma. A antes abrangente classe de escravos e plebeus veio a compor, junto com os povos germânicos, uma classe campesina consolidada enquanto a principal força de trabalho dos feudos. Trabalhando em regime de servidão, um camponês estaria atrelado à vida rural devido às ameaças dos conflitos da Alta Idade Média e a relação pessoal instituída com a classe proprietária, ali representada pelo senhor feudal.

O senhor feudal representaria a classe nobiliárquica detentora de terras. Divididos por diferentes títulos, um nobre poderia ser responsável desde a administração de um feudo até pela cobrança de taxas ou a proteção militar de uma determinada propriedade. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na prática, era superior a dos reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de um senhor feudal no interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo promotor de um poder político descentralizado.

Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas se transformavam nesse período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto. O clero entraria em acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão. A conversão da classe nobiliárquica deu margens para que os clérigos interferissem nas questões políticas. Muitas vezes um rei ou um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção religiosa. Dessa forma, a Igreja também se tornou uma grande “senhora feudal”.

No século X o feudalismo atingiu o seu auge tornando-se uma forma de organização vigente em boa parte do continente europeu. A partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e o crescimento populacional proporcionaram melhores condições para o reavivamento das atividades comerciais. Os centros urbanos voltaram a florescer e as populações saíram da estrutura hermética que marcou boa parte da Idade Média.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Burgos Famosos






















Renascimento Urbano: resumo.


No final da Idade Média, a Europa passou por transformações sociais, econômicas e políticas, um período chamado de Renascimento Urbano, que favoreceu o crescimento de muitas cidades, cidades que cresceram a partir dos Burgos, que eram conjuntos de habitações fortificadas que serviam de residência para os burgueses. Com o crescimento destas cidades e da economia, em função do comércio, muitas pessoas começaram a deixar o campo para tentar a vida nos centros urbanos, um certo processo de "êxodo rural". Neste contexto que se criou novas profissões de acordo com as necessidades, e com novas profissões, começou a desaparecer o Escambo, para a volta do dinheiro, para a volta das moedas de troca, como ouro e prata. Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. Os artesãos e comerciantes começaram a se organizar como uma maneira de obterem melhores resultados em suas atividades. Os artesãos criaram as corporações de ofício, enquanto os comerciantes estabeleceram as guildas. E isto foi o renascimento urbano.

Cruzadas


Rei Ricardo, coração de leão. No peito, a cruz, principal símbolo do cristianismo. 
Rei Ricardo, coração de leão. No peito, a cruz, principal símbolo do cristianismo.

De 1096 a 1270, expedições foram formadas sob o comando da Igreja, a fim de recuperar Jerusalém (que se encontrava sob domínio dos turcos seldjúcidas) e reunificar o mundo cristão, dividido com a “Cisma do Oriente”. Essas expedições ficaram conhecidas como Cruzadas.
A Europa do século XI prosperava. Com o fim das invasões bárbaras, teve início um período de estabilidade e um crescimento do comércio. Consequentemente, a população também cresceu. No mundo feudal, apenas o primogênito herdava os feudos, o que resultou em muitos homens para pouca terra. Os homens, sem terra para tirar seu sustento, se lançaram na criminalidade, roubando, saqueando e sequestrando. Algo precisava ser feito.

Como foi dito anteriormente, o mundo cristão se encontrava dividido. Por não concordarem com alguns dogmas da Igreja Romana (adoração a santos, cobrança de indulgências, etc.), os católicos do Oriente fundaram a Igreja Ortodoxa. Jerusalém, a Terra Santa, pertencia ao domínio árabe e até o século XI eles permitiram as peregrinações cristãs à Terra Santa. Mas no final do século XI, povos da Ásia Central, os turcos seldjúcidas, tomaram Jerusalém. Convertidos ao islamismo, os seldjúcidas eram bastante intolerantes e proibiram o acesso dos cristãos a Jerusalém.

Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam esse nome por carregarem uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da participação, ganhariam o perdão de seus pecados.

A Igreja não era a única interessada no êxito dessas expedições: a nobreza feudal tinha interesse na conquista de novas terras; cidades mercantilistas como Veneza e Gênova deslumbravam com a possibilidade de ampliar seus negócios até o Oriente e todos estavam interessados nas especiarias orientais, pelo seu alto valor, como: pimenta-do-reino, cravo, noz-moscada, canela e outros. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas.

A primeira (1096 – 1099) não tinha participação de nenhum rei. Formada por cavaleiros da nobreza, em julho de 1099, tomaram Jerusalém. A segunda (1147 – 1149) fracassou em razão das discordâncias entre seus líderes Luís VII, da França, e Conrado III, do Sacro Império. Em 1189, Jerusalém foi retomada pelo sultão muçulmano Saladino. A terceira cruzada (1189 – 1192), conhecida como ‘”Cruzada dos Reis”, contou com a participação do rei inglês Ricardo Coração de Leão, do rei francês Filipe Augusto e do rei Frederico Barbarruiva, do Sacro Império. Nessa cruzada foi firmado um acordo de paz entre Ricardo e Saladino, autorizando os cristãos a fazerem peregrinações a Jerusalém. A quarta cruzada (1202 – 1204) foi financiada pelos venezianos, interessados nas relações comerciais. A quinta (1217 – 1221), liderada por João de Brienne, fracassou ao ficar isolada pelas enchentes do Rio Nilo, no Egito. A sexta (1228 – 1229) ficou marcada por ter retomado Jerusalém, Belém e Nazaré, cidades invadidas pelos turcos. A sétima (1248 – 1250) foi comandada pelo rei francês Luís IX e pretendia, novamente, tomar Jerusalém, mais uma vez retomada pelos turcos. A oitava (1270) e última cruzada foi um fracasso total. Os cristãos não criaram raízes entre a população local e sucumbiram.

As Cruzadas não conseguiram seus principais objetivos, mas tiveram outras consequências como o enfraquecimento da aristocracia feudal, o fortalecimento do poder real, a expansão do mercado e o enriquecimento do Oriente.
Por Demercino Júnior
Graduado em História

Introdução

 Olá! Nós somos do 1º ano do Ensino Médio, e nesse blog iremos falar sobre a Idade Média.

  O início da Idade Média não pode ser muito bem definido, mas acredita-se que está situado no século V da Era Cristã.
  Ela começa quando as invasões bárbaras são reconhecidas como o fim do Império Romano do Ocidente.
  Alguns historiadores dividem a Idade Média em:
  * Alta Idade Média: antigo, com passado venerável.
  * Baixa Idade Média: recente, mas decadente e imperfeito

  Os humanistas chamam este período de medium tempus. Possui caráter pejorativo, pois no latim, médio significa algo medíocre, sem importância. Logo, para eles, a Idade Média foi uma epóca sem importância.